26 de março de 2006

21. Ti Vê

É ela...
sim...
agora sei que é ela.
a mais importante de todas,
as coisas...
pode perguntar para todos
os outros,
objetos.
qual a mais importante?
pq mesmo nos cantos encostada,
será sempre o centro,
dos acontecimentos,
na sala
todos se viram para ela...
uma invejinha dos outros moveis.
é o que resta
pr 03/06

20. Canto para Yage

E quando nos pegamos, sem valores e sem leis,
sem certezas nem verdades,
contemplando apenas as duvidas e os momentos, daquelas vidas de momentos...
Sobrevivida vida mal vivida, mas feita de momentos,
ate achamos que estamos preparados,
de tao vazios e convictos de que nao queremos ter,
verdades da qual ja nao podemos crer.
Quando tudo que foi testado, avaliado e reporvado nos dá nojo,
só nos resta aquela velha e conhecida sensação
do Eterno Retorno.
Eu sei que o Vazio vai continuar.
Eu sei,
ele veio,
ele vai ficar.
pr 12/04
*musica vulgarz

19. O encontro de Alex Renton com um jovem Humano

E certa vez,perguntaram para Alex Renton o porque dele escrever.
Pode ser considerada uma pergunta boba para muitos.
Palavras como Amor, Paixão, Dor e toda bela Emoção,
descrita na escrita,
seriam respostas corretas, mas não muito definitivas,
por fazerem parte de uma certa cartilha,
talvez ate previsível para jornalistas e entrevistados,
sendo respostas um tanto abstratas, mas de muito sucesso entre as pessoas, assim como seus Deuses.
Seria Alex Renton, um grande holograma(ou fundo verde), criado para encarnar pensamentos obscuros e linguagens omissas de responsabilidades?
Talvez.
Ele responde então, do fundo de sua estupidez, que o excesso de "aspas" faz com que seu pensamento torne-se mais original, pois nunca havia ele de usar uma aspa.
A resposta fez com que o jovem curioso pensasse durantes dias, chegando a uma conclusão esclarecedora, de que Renton ou era um louco,
ou um genuíno Gênio.
Passaram-se semanas ate um novo encontro junto a entidade de Renton com a finalidade de fazer uma confissão esclarecedora, que seria de fundamental importância para o seu novo aprendizado(para essas sessoes, o jovem precisava passar por uma serie de rituais, envolvendo chá e papeis magicos banhados de poeiras).
Ele mostra-se mais humano e determinado, e depois de muito intelecto adquirido de forma progressiva por meio de livros e mais livros alheios, implantados como ships em sua mente, afirma que Alex havia mentido.
Teria chegado a uma nova conclusão de que Alex Renton, escrevia pela necessidade de ter seus pensamentos "originais" aspados.
Alex respondeu apenas que o jovem era humano demais para entender a escrita.
O jovem demonstrando novamente ser humano dimais, se deu por convencido, mas fez uma ultima observação.
-Não seriam todos estes escritores lidos por mim, também humanos?
-Sim
-E o que você me diz disso?
-Não existem respostas, apenas perguntas.
E perguntas não contem aspas.
pr 03/06

18. Usuários de Drivers

Como sempre passam meses, talvez anos, mas o drive ta sempre por lá.
Lá onde o canal transborda fetos desamados com vermes misturados a crianças, mergulhando no lixo defecado por nos, que não nos importamos com isso...
pois não temos tempo,
só para dar uma passadinha no drive.
O arco amarelo que cruza os céus dos seus deuses me lembra,
muito o drive do inferno frente a igreja...
perto do campinho, onde não tem bola nem esportes, só areia e pedras.
Os limpos cidadãos que consomem o drive amarelo,
são os mesmos que defecam no canal seus vermes sintéticos,
banhando assim de merda, a vida de merda dos moradores do drive do inferno.
Como são belos os usuários do inferno, parecem zumbis.
Sem muitas revoluções, esperam apenas por outros ladrões,
a pedir aviões sem perspectivas de soluções, pois não têm tempo para isso.
Afinal, o que é o tempo para os usuários de drives???
A vida passa rápida,
como o transito da massa de gente, que não sente a desgraça vivida por muitos da raça odiada, de madrugada nas praças fantasmas, há espera de um bom gado a ser enganado, apenas para satisfazer suas fomes incalculáveis de drives.
Estão próximos, é verdade .
Também são tão parecidos que estava ate esquecido, que um simples pulo sobre o canal, passando para o lado do normal,
me leva do inferno ao arco amarelo,
onde todos somos bem atendidos,
fazemos nossos pedidos, e também somos enganados.
No drive amarelo você também não precisa pagar a propina para os ladrões da ordem,
que vivem de roubar o sangue furtado dos viciados em drivers de inferno.
No drive amarelo, é tudo perfeito.
Balanços, brindes e ainda tem o amiguinho de cabelo vermelho,
que nos da sempre boas vindas para os boas vidas,
que vivem de consumir as gorduras fritas e mais algumas coisitas com acesso a web,
sempre por perto para uma nova opção de mundinho,
pois o nosso já esta vencido.
É demais, tudo perfeito.

Ontem não consegui, fui fraco, cruzei o drive do inferno, vi toda guerra que mata os inocentes indecentes,
viciados com menos de 10 longe ao ventre,
todos já com dedos amarelos, o que me fez lembrar do arco.
Não consegui, fui enganado.
Novamente duplamente, minha mente ausente,
junto a São Jorge e dragões valentes numa guerra sem precedentes,
apenas usuários viciados e carros da narcóticos presentes,
para dar uma boa cartada.
A adrenalina me fez passar mal,
fugindo em saltos rápidos por cima do canal, chego ao reino do normal.
E o que vejo??? O drive amarelo.
Não consegui me conter, dei uma ultima passadinha nele também.
Sou um viciado em drivers.
pr 12/05

17. Hoje estou cansado

Não tenho mais pra que escrever, nem pra quem, nem um porque escrever...
Estou cansado de escrever para ninguém ler, estou cansado de viver para sobreviver, estou cansado de retratar apenas para o “eu” olhar, estou cansado de gritar para fingir tocar.
Estou cansado de ralar pra na mesma ficar,
estou cansado de mendigar cantigas sem ganhar,
cansado também estou de tanto reclamar,
da vida amarga sempre tenho de falar.
Mas se não dela fosse eu aqui falar, meus versos seriam sempre os mesmo a averiguar.
Aquele amor que não foi correspondido,
aquela dor da perda de um amigo.
Os assuntos sempre estão tão próximos, a verdade nem sempre é tão lógico.
O real pra mim existe numa tira, aquela que vc tira e nem desconfia do que pra mim aquilo valia.
Percepções aguçadas por substancias, ilícitas substancias que me deixam à ganância.
Ganância de querer fazer sempre mais, ganância esta que nunca me deixa em paz.
A cada dia que me perco na agonia,
de querer, saber poder e nunca ter.
Ter aquilo que se quer ter,
sempre mais, um pouco mais retornar a viver.
Ter momentos memoráveis, não apenas sustentáveis.
Sustentar minhas paixões, os meus vícios e missões.
Fazer aquilo que me e certo, independente se me vale méritos.
Não preciso de teus falsos argumentos, que pra mim só servem pra jumentos.
Adestrados, manipulados e enganados, como é linda minha sociedade do caos sustentável. Miseráveis tocam sempre sua porta, e vc acha que não deve dar esmola. Pois aquilo que vc tem, foi tirado deles,
este mundinho em que vives queira ou não também é deles.
Pois somos nos, que estamos a margem ,
que pensamos a margem e que fazemos essa margem,
os locutores desta guerra imunda que inunda o mundo obscuro.
Somos nos as criaturinhas riscadas e diferentes,
que seus filhos olham e querem ser também d´agente.
Mas gente como agente não se acha em todo lugar,
gente como eu não brota no seu altar.
Gente que não quer saber a solução para mudar,
gente que apenas está perdido e não consegue se achar.
Não querer achar não é uma dádiva,
viver por viver é o pior mágica que faz os imundos jovens continuarem a brincadeira.
Não encontro soluções, também não quero soluções,
não encontro verdades, também não quero suas verdades.
Na verdade não encontro nada, também não quero procurar o nada.
Ele esta aqui , bem aqui do nosso lado,
bem aqui no absurdo.
Fomos jogados neste mundo para vivermos apenas os meios, nem mais nem menos.
E se vivermos um pouco mais que isso, apenas não lembraremos....
pois é , pode parecer esquisito,
mas é.
pr 19/04/05

16. Como um Lobo

O que faz valer o prazer de apunhalar pelas costas sem remorsos, vértebras e ossos, daquele que nunca te feriu e te quis tão bem?
O que esperar daquele inimigo tão intimo, do qual chamamos de amigo e aspiramos sonhos belos de futuros promissores.
O que fazer quando pegar-se enganado, ridicularizado e humilhado, que chora lágrimas não de alegria ou dor, e sim de despreso.
O quanto pode um “homem” fazer para destruir, tudo que se construiu durante anos, cultivando amizade e desfrutando experiências de arcanjos, para depois jogar tudo no vaso e puxar a corda que lhe dá seu verdadeiro valor.
Seria inveja?
Sentimento inferior ou doença?
Loucura seria descartada, pois não seriamos todos??
Mas e o respeito?
Sera que vale fazer o bem, pensar o bem e ser o bem? Se por traz tudo que existe de mal te coroe aos poucos e te traz ódio.
Odiar aquele que te traiu?
Talvez não,
o ódio é tão grande quanto o amor.
Não mereces meu ódio.
Apenas o desprezo, ser indiferente.
Mereces o NADA, nenhum grande sentimento,
nem preces nem lamentos, apenas não mereces, mereces o não.
Não e...
Não.
pr 19/10/04

15. Apenas 1 dia

E dentro de alguns dias, era ela que me dava o brilho, a alegria, que me dava o bem.
Estar feliz mesmo sem alguém.
Me fez esquecer àquela outra, da qual a vida louca me assustava e desgastava.
Mas não, agora não.
Agora ela me apareceu repentinamente, fisgando pelos dentes, com seu sorriso encantador e rosto de deusa egípcia, transbordando de boas energias e enchendo um pouco mais o meu vazio.
Porque com ela as coisas encaixam, tão simples, tão transparentes, tão belas. Pois é, você é a bela da minha comedia confusa e marcada pelos maus traços e tratos desta minha vida mal vivida e novamente...
confusa, de momentos.
Foi uma semana de espera pelo grande momento, pois nesta vida de momentos não existe o certo, apenas os momentos...Àquele certo...
seria ele?
Não sei.
Sei que pra mim foi o grande momento, que sem precisar dos sujos argumentos, ate a lua me levastes, não tendo que pagar o embarque que tão rápido desci.
Voltei ao meu mundo.
Naquele outro dia, em que na noite me fugias, confuso e triste eu fiquei. Uma faca atravessava minha alma, a cada momento em que distanciavas e sem palavras de conforto.
Ora senão eu agora que sou o tolo, com lagrimas à escrever, palavras para mim que nunca iras ler, pois vc não precisa, vc esta bem e forte, vc esta firme, é bela, está perto de ser tudo, ao menos agora em que escrevo,
quando me pego com apego, a coisas que realmente nunca tive e espero nunca ter(sera??) .
Não preciso de dores, não preciso mais de amores, serei como sempre fui....
friu, confuso e sozinho....
sempre só....
zinho.
pr 11/12/2004

14. Cintilantemente Branco

Enlouquecidos versos esquecidos,
Transmitem as loucuras de momentos
Em que eu fora um herói invencível
Transcrevendo anotações de transes
Que apenas esperam pelo momento certo.
Aquele a que todos esperam...Sinto carência de algum alguém
Alguém que seja o que seja, hora veja
Quem sou eu para falar
Daquilo que não ainda não aprendi a amar....
pr 11/06/04

13. Coração de Prata

Bonita garota do coração de...
Prata.
Não podes ser meu ouro ou tesouro
Mas és minha amiga.
Muito bela amiga minha, confidencio minhas alegrias,e também meus desesperos, meus anseios.Àqueles segredos que nem mesmo ELA,que “tem” o coração de ouro, e que ainda não encontrei poderia saber..
Você sabe.
Acho que conheces bem como sou,
Não escrevo tão bem quando premeditado,
Não escrevo tão bem também quando não é para falar de meus casos
As vezes escrevo ao acaso e me caso com a escrita
Brinco horas, passo horas à pensar o que escrever
Mas só quando começo é que sei aquilo que irás ler.
Verá palavras confusas, Desta minha vida sem sentido
Mas não seria apenas o fato de escreverum bom sentido??
Pra que os sentidos?Pra que tanto arrodeio,São apenas palavras, Que tento usar para descrever...
Para tentar te descrever
Hoje o texto parece difícil.
Jogar no papel seus belos adjetivos,assim como suas loucuras de momento
Pois sei que simpatizas com momentos,e esses sim devem ficar.Cada um, um universo
Logo dois surge o conflito
Respeitar a sintonia,já se torna um grande ofício.
E este oficio sabes fazer
Pois quando te ligo com meus tormentos que podem não te fazer tanto sentido,palavras de conforto dizes ao meu ouvido.Por isso devo sempre te agradecer.Por se importar tanto comigo,pois me importo também contigo.Por ser sempre tão sincera,logo outro adjetivoque sem se esforçar muito relembrei,
desta grande pessoa que do tempo ganhei.
Pois é ele, o grande rei
que nos mostra as noções e as linhas,linhas de tempo, de espaço,que controla tudo que faço
e nos empresta alguns segundos.
Nada mais que isso temos
Apenas algumas dúvidas e segundos
desta louca e amarga vida
do meu mundo, o submundo.
pr 18/02/04

12. A Garota da Borboleta

Que linda garota
Linda bela garota bela
Dançando sempre só
Melhor assim...Só olho pra ela

Porque novamente hoje
Me pego com apego
Aquela bela garota bela
Nos meus sonhos tens meus beijos

Quando danço longe a ti
Bem de longe já te vejo
A garota do malabares
Que desperta meus desejos

Que desejo vem tão forte
Quando frito a te ver
Se te falo não te digo
Esse maravilhoso jeito de ser

Pois vêem das terras onde neva
No dia a neve me interveio
De tanta neve no meu corpo
Me fugiste sendo o ouro

Ouro pra mim que é recompensa
Quando hoje só penso em ti
Amanham novamente te ver
Queria te ter junto aqui

Pois de você não sei nada
Logo o nome me recordo
Me recordo de momentos
Para não ficar o óbito...

Pois quando tempo logo passa
De teu rosto pouco lembro
Mas quando te vejo na balada
A borboleta me declara

A garota da borboleta
Digo é essa a mulher
A mulher que hoje quero
Nada mais pra mim só ela

Pois só ela eu preciso
Linda bela garota bela
A garota da borboleta
Hoje meus sonhos são pra ela....
pr 12/04/05

11. O Pequeno Passaro

O pequeno pássaro surge na noite e dá a sua luz de alegria àqueles indecentes, viciosos e malvados delinqüentes, do submundo sujo da classe media sem causa.
Causa euforia nos sorrisos banguelas das confusões, estremecendo os corpos marcados pelos traços da vida sem rumo e confusa, dos jovens espertos, malandros, e que não deixam passar a oportunidade de um bom golpe.
O que queres? – pergunta o pequeno pássaro.
Queremos orgias, dizem os infelizes.
E assim, o pequeno pássaro faz as nossas vontades. Leva-nos para a terra das orgias infinitas, banhadas por álcool, ervas, pó e pedras, em quartos sujos do submundo, com “garotas perdidas na vida” deprimente, que sobrevivem de dar prazer para vermes imundos, gordos, sujos e asquerosos, e também para nós.
Quando estão todos na fissura, o pássaro pergunta - O que Querem ??
E todos respondem de uma só vez:
-Queremos a João.
João de sobrenome Barros, àquele podre, sujo e imundo bairro.
E novamente, o pequeno pássaro nos leva ate elas, aquelas pedrinhas que estalam e nos levam aonde não imaginam chegar os prazeres de quem nunca conheceu.
Finalmente resta a noia, com seus olhos esbugalhados.
Querem mais? – pergunta o pequeno pássaro.
-Não, não agüentamos mais pequeno pássaro.
Mas ele não se conforma, ele quer dar mais prazer.
Novamente sai a procura de sanguessugas, para proporciona-lhes momentos de agonia, gozo e euforia.
Mas o pequeno pássaro é fraco, e como já diz no nome, pequeno.
Acho que ele não vai agüentar.
Acho que o pequeno pássaro de tanto dar prazer,
vai morrer.

09/12/04

p.r.

10. Filmes de Cadaveres

Quando escrevo, penso e falo o que se passaO que passa aqui dentro e que jogo sem pensar.
São as palavras saindo soltas,
são as palavras verdadeiras.
É o que realmente sinto, agora, aqui mesmo.
Neste momento não existe fingimento,
quando se escreve para os outros pode parecer falso, mas aqui, escrevo para mim.
Não preciso me esconder, não posso fugir, não tem como fugir.
Eu sei bem o que se passa aqui. As vezes penso que apenas acho que sei, mas agora estou bem seguro de que não sei mais o que passa.
Ora se não, então o que escrevo? Escrevo para me contradizer???
Talvez sim.
Talvez seja bom eu me vigiar um pouco...
Talvez eu me engane,
talvez eu tente me enganar..
Mas o que vejo não posso negar,
o que sinto não posso explicar.
Posso apenas sentir, posso gozar...
Devemos sempre gozar....
gozar...
A cidade é a mesma, ela continua sempre igual. Ela é suja, ela fede.
Eu também.
Você também.
Todos fedem,
Todos temos alguns segredos.
Eu tenho um cadáver escondido em meu armário que só eu sei quem é(ou era).
Você também tem um???
Acho que todos nos temos nossos cadáveres escondidos, ou pelo menos todos deveriam ter...
Se você não tem, é pq ainda não descobriu.
É porque não procurou direito,
Talvez você tente esquecer,
talvez você realmente tenha esquecido. Mas vamos lá amigo, faça uma força, tente se lembrar.
Lembra daquele dia??? O Sol estava tão belo, tudo parecia lindo, as coisas estavam quase se encaixando,
Mas havia um problema...
Vc não conseguia ver o belo.Eu também não conseguia...acho que ate hoje não consigo..
São tantas mazelas, tantas moléstias...
Tantas vidas estão jogadas...
Tantos segredos estão guardados...
Mas precisamos dos segredos,
precisamos do cadáver.
Talvez assim possamos nos sentir mais seguros, mais sábios.
Nossos cadáveres, só nos sabemos quem são, ou o que eles são....M
elhor ainda, o que eles foram...É provável que tenham significado algo...
Pode ser algo bom, aí te traz amor...
Também pode ser detestável, pode te trazer ódio.
Mas certamente te trará os velhos sentimentos, àqueles mesmos que não podemos explicar,
Mas podemos sentir.
Devemos gozar...
Sim , isso mesmo...Vamos gozarVamos gozar de todas as possibilidades,
Vamos gozar daqueles que acham saber.
Vamos gozar também daquelas que nos trazem prazer.
Precisamos de mais prazeres, preciso de algo há fazer, pois não posso parar, não podemos parar.
Pois ele não para, e nos vigia também.
Mas ele não é deus, porem, está em todo lugar, isso mesmo,
a toda hora ele está..
Quer dizer , não é ele, na verdade é ela...Ela mesmo que te leva e não te traz...
Ela que todos conhecem mas não sabem como ela faz.
Como vai fazer no dia que virá te conhecer.
Pois nos conhecemos ela, mais ela não nos conhece.
Ela só poderá nos ver apenas por um instanteMas que instante...
que instanteNessa hora talvez tudo faça sentidoOu também tudo continue vazio.
Mas vamos lá, não desanime agora, vamos falar de coisas boas.
Falaremos do amor.
Não, amor é muito banal,
Podemos falar então da questão socialSão tantas questões, tantos argumentosSempre escolhemosMeu café é com leite, mas só em casaNo trabalho é puro e escuro
Não tem moleza, não tem escolha.
Preciso ter um meio de viver, mas assim, o que faço é apenas sobreviver...
Não consigo viver de meus prazeres.
O certo seria viver para meus prazeres, mas o momento me tira da linha.
Esta torta e não tem fim...
Melhor assim, essa é a linha que eu quero seguir...
Pois sempre fui torto, e não me lembro do começo.
Assim como não sei o desfecho.
É como um filme, na pré estréia, onde eu quero ser o ator. Não quero ser telespectador,E também não quero ser coadjuvanteNessa confusa nova historia, não existem muitas gloriasPelo menos ate o presente instante...Mas acredito que o filme está no começoNão sei quando ele acabará ,
não sei bem se ele acabará...
Sei que esta passando, ele esta projetadoNão sei também quem o assiste,
sei que alguém assisteAh sim...
Já ia esquecendo,Aqui não se recebe para atuara moeda é outra,
se paga com vidaIsso mesmo,a própria vida é a recompensa.
Então é melhor continuar atuando.
Pois já perdi bastante tempo observando...


04/02/05

p.r.

9. Dois Zero, Zero Quatro

Dois Zero.
Zero e Quatro.Dois amores eu perdi, zero é o numero que hoje sou.
Novamente zero pra lembrar do que nao fiz,
quatro é o numero de horas que perdí.
A cada dia começava a agonia, que logo apos se tornavam escritas.
Bastantes letras e sentidos encontrei, mas muito mais vazio me tornei.
Pois hoje já não tenho mais meu grande sentido, minha música ja nao é nada,meus sonhos pararam,minha vida tornou-se um tanto conturbada e cada vez mais aprendo que nao sei.
Nao sei o que será dos meus amores.
Nao sei bem se tenho amores.
Nao sei se ainda me amam...
Nao sei se ainda amo.
Nao sei se amo o que faço, sei que perdi muito tempo parado.
Um ano amaldiçoado, que para traz deve ficar.
Planos não completados, teorias a amontoar.
Que neste ano descobri, que nao devo dar tanto valor ao que nao é só meu.
Pois quando me pego engajado, amordaçado e entregue, me sinto traído.
Sinto que nao correspondem ao meu trabalho.
Sinto falta de tempos memoráveis, dos planos do futuro, das correrias sem rumo,
mas que pra mim faziam sentido.
Pois é, perdi tudo isso.
Perdi mais,perdi amigos,
que no passado me fortaleciam, nos uníamos e fortalecíamos,
tínhamos vontade e garra, para nada cabreirava.
Sabíamos do potencial, mas a vida prega uns trotes.
Não consegui corresponder então aquela que estava tão próxima, que eu era seu sentido...
ora veja, logo eu, que nao faço nenhum sentido,
que nao sei se existo...
virar um sentido?
Nao criança, nao se iludas de esperanças de uma vida tão concreta...
pois quando lembro do que sou, ainda falta muita terra,
pro mago percorrer, pro mago conhecer....
pro maguinho aprender a novamente um sentido ter,
pois nao quero mais perder tantos queridos, tenho medo de perder tudo dinovo.
Quem sabe um dia reencontrar os meus amores, quem sabe um dia poder mesmo ser o que sou.
Tornar-me o que sou.
Um bom caminho para aqueles que perdi, é o desejo real que sinto aqui, bem dentro de mim, neste coração de pedra.
Pedra que as vezes fraqueja,
pedra que as vezes machuca.
Pedra que não raciocina,
pedra que nao sabe o que faz.
Pedra que se torna cada vez mais vulgarz.


01/05


p.r.

8. Email nao enviado

Pois eh, quem diria,um dia, aconteceria...
aquela por quem tanto sonhara, por um dia a tive em minhas garras... nao pude desfrutar de tal acontecimento por muito tempo, pois o tempo naquele dia inimigo meu foi. Levou-a para casa logo cedo, que as 4 amanhecia...
O sol brilhava tao logo que eu nem percebia o tempo que perdi...Oh tempo, pq es assim, pq nao deixas passar um segundo a mais do que o merecido...pq nao tentas me ajudar com esse meu amor nao retribuido, pq, pq e pq??
Quantos pq mais perguntareis a tu que es o astro rei, que conecta o meu espaço e me da as noçoes... da vida, alegria e emoçoes, que com ela quero hoje viver, amanha novamente te ver para depois em minha cama nos meus braços te ter...ter...ter...como quero te ter, poder te pegar, levar para passear e falar baboseiras sem sentido, pois para mim jah és um grande sentido, soh sentindo o que sinto quando estou contigo...
Euforias e agonias, me torno menino,eh ninhuma...eu sou o menino, que quer ter a grande recompensa de teus bens tratos sobre minha aparencia...
Que hoje jah nao quero mais sofrer... o que para ti dizer ??? no momento em que te vejos, eh o meu maior desejo, saber falar coisas boas, sejam elas filosofias ou aquelas boas conversas tolas, da qualnos fazem rir e olhar nos olhos...Pois para mim isso basta, te ver olhar em meus olhos e ficar a me observar...ate meio errado poderei ficar, mas quem nao ficaria???Com toda tua beleza me olhando firme com alegria, teria ganho o meu dia...sem ganhos demais e euforias...sem os vicios as velhas agonias....gostaria apenas de alguns momentos...Alguns momentos contigo para poder fazer deles os argumentos e te ver outras e muitas outras vezes... Sem precisar de falsas baladas sem graça, quesoh vc me da o ar, me da a propria graça, nao tendo que passar por migalhas de prazeres, de olhares famintos por... mais prazeres...É isso que me dá... mas nao me dá porcompleto, pois quando te vejo e nao me olhas fico inquieto...
não sei se es mesmo asssim tao timida como dizes e dizem....
nao sei se estou tao chato como axo e sinto...
as vezes penso que te incomodo...
as vezes penso que tu me evitas....
as vezes fico mal por nao te ter...
as vezes fico mal por axar que nao me queres ter...
apenas isso precisaria de saber para continuar a te escrever...ou nunca mais mandar mensagens da qual vc nao se contentaa em leerrr....se de mim nao queres nada...depois de tudo que te falo e deposito minhas magoas...nao fique magoada comigo e nem tao pouco ficarei contigo...pois pra mim um grande castigo...seria ser pensado mal a teus olhos por meus vicios...que dos maiores, entre eles, HOJE está vc...eh isso mesmo...
pr 12/04

Diario de Bordo

A tarde passa pela brecha da janela. Os motores fazem ventar o barulho moderno das aeronaves velhas do terceiro mundo. O sol se vai, são 5h. O agora me faz pensar. Tantas idéias, tantos momentos. Tantos sonhos, tantos lamentos, e eu aqui a escrever, palavras que dificilmente alguém irá chegar a ler. O mundo não é maravilhoso, as pessoas não são maravilhosas. O ódio é tão normal... dá para aprecia-lo nos rostos do futuro sem futuro. Terei futuro?? Não. Serei apenas mais um a contemplar a dúvida... Palavras, imagens, e sons... artes ordinárias que de extra, apenas a rotina e os ofícios. Tantas mágoas, tantas dúvidas, palavras de momentos para esta minha vida sem argumento. Tantos sonhos, novamente dúvidas. Cabeça a 1000, projetos para o infinito, sonhos na noite a espera do momento que dificilmente virá.... esta é a vida, injusta vida... e eu aqui batendo ponto(s).
Pablo Ravel 25/07/04

6. Release Vulgarz

Versos jogados no papel, lembranças de uma vida conturbada, emoções e agonias cotidianas juntas auxiliadas de acordes de guitarras rasgadas, junto a vocais que gritam as incertezas e desilusões de uma vida sem sentido, origem ou desfecho.
Você já teve a sensação de ter sido enganado?
Vulgarz é isso.
É o grito preso na garganta que não quer calar, que quer denunciar aquilo que não mais pode molestar-nos, não mais nos usará.
É a gota d´agua, o fio de corda que você não acorda e se enforca a cada dia. É a vontade de amar, a vontade de odiar. São todos os prazeres juntos. É a grande festa de Dionísio, é jogar toda moral no lixo, porque aqui não existem leis nem o certo, pois o bem e o mal são apenas visões de uma mente infectada e mal amada pelo mundo. É todo sentimento de decepção, é uma musica pesada e apolítica, pois não queremos fazer parte desta farsa. Não somos uma banda revolucionária, longe disso, Revoluções são feitas no campo de batalha, Nosso papel e registrar estes momentos com a arte, Não perderemos nossas vidas por falsos lideres e suas ambições.
O sangue derramado não será o nosso.
Formada no inverno de 2004, a banda tem um longo caminho a trilhar, Mundos a descobrir e experiências à compartilhar.
É uma troca,
Não cantamos verdades únicas
Tocamos visões, tocamos desabafos, Tocamos o que vemos e aprendemos nos descasos e casos da vida destes imundos e sujos jovens da nova Era que vem chegando. Somos nos estes jovens marcados pelos traços desta vida mal vivida e feita de momentos.
Vulgarz é tudo isso junto jogado no vaso e puxado a corda sem que a água desça.
É aquele som de momento,
É viver o próprio momento
Pois o presente da vida é o agora e o tempo não nos empresta nem mais 1 segundo do que ele tem reservado para nós.
pr

5. Dualid Addes

Do homem, quero a mulher
Do universo, tenho a mente
A verdade, pela visão
Dos sentidos, quero o prazer.

Das emoções, as do presente
Do presente, tirar tudo
Do tudo, não esperar nada
Da espera, a pior dor...

Das dores, as não vividas
Das vidas, as de momento
Dos momentos, nosssos presentes
O agora, é o que temos

De ter, a sabedoria
Não ter, a moralidade
Imoral, é o ofício
Dos vícios, o que esperar????
pr 13/10/04

4. Canto para minha amada

Apenas um dia,
dia perfeito apenas.
Em que a compaixão e a pena, não viriam mais acena.
Dia maravilhoso, tudo amanhecera azul.
A vontade de ser e o desejo de poder,
já estariam rumo ao sul.
As 24 horas, revertidas no agora.
As emoções e vícios, estariam no ofício.
Os motivos seriam os mesmos,
prioridades do desejo.
Desejo que movimenta, tudo aquilo que nos alimenta.
Bocas sedentas de vício,
mas tão belos eram os vícios, que seriam outra palavra.
Palavra que teria, significados de euforia,
trazendo de volta a alegria, de viver a cada dia.
No dia das 24 horas, mas que seriam no agora.
Aquelas vidas de momentos, seriam as certas de argumento.
Pois pra que serve o mundo??? Se não for pra esperar...
A mulher,
os vícios,
os mesmos argumentos e ofícios,
que do passado relembrei, pois viví e nao esperei.
Para que quando vieres me buscar,
preparado vou estar,
pois és minha única certeza, que de tão linda sua face me dá até tristeza,
pois te verei apenas uma vez.
Que para mim suficiente,
será o momento em que vou tê-la entre os dentes.
Fisgado, assustado, amargurado, talvez sozinho mas feliz.
Pois terei vivido a cada dia,
as emoções que me valia, poder viver outra vez...

p.r.

25/05/04

3. Para Sergio - O fio da corda que não te acorda, te enforca.

Hoje tive um sonho, sonhei com uma corda.
Não sei bem se era uma corda, mas sei que ela enforca.
Enforcava não só eu, enforcava toda uma geração.
Mas não era uma qualquer, era minha geração.
Pode ser chamada de destrutiva, ou auto-destrutiva.
Não sei se nos destruímos ou se nos destroem,
sei que a cada dia, um novo ente próximo se corroe.
Corroe de todas as maneiras, do salto louco ate o chão.
Corroe também com uma corda,
no pescoço longe ao chão.
O chão que nos pisamos e sujo e maltratado.
Não diferente de nossas vidas, que tem sempre final amargo.
Amarga vida já foi bela,
belos sonhos e loucuras, daquelas pessoas tão lindas, que admirava sua ternura.
Onde quer que fosse, tinha carisma e respeito,
vida louca e intensa, sei que tiraste bom proveito.
Mas outro próximo se já se foi, não sei se era isso que queria,
ter uma historia tão bela, com desfecho de agonia.
Aqueles minutos que restaram, pendurado pelo pescoço,
seriam eles os últimos daquela vida sem esboço?
Mas uma vida tão jogada, de pó e pedra nóia a alma,
aquela alma que era bela,
aqueles vícios ofuscava.
Talvez fizessem parte da sua historia,
de suas historias de loucura,
mas pobre criança não vogara, não por isso te admirava.
Admirava pelo espírito, livre e de aventuras.
Admirava por você, que dava conselhos de ajuda.
Mesmo quando,
no assunto era errôneo,
sempre nos aconselhava, pra não cairmos no abandono.
O abandono que tiveste, em teus últimos momentos,
talvez apenas mais uma conversa, pra me dizeres teus lamentos.
Com isso hoje eu lamento, por não poder mais te ajudar,
por isso hoje eu te escrevo, Para sempre de ti lembrar...

p.r.

07/04/05

2. O que mais escrever??

O que mais escrever pra tí, que és tu mesmo a ler o que escreveste...
Engraçado, cômico, talvez louco ou amargo.
O mago sempre a escrever suas palavras instantâneas...
Penso às vezes, como penso e escrevo sem pensar,
só de tentar parar para pensar o que escrever, já perdi tempo sem mesmo ver.
As palavras soltas caem como fruto, proibido sujo e imundo que o mundo me reserva. Escrevo cartas que nao são dialéticas, nem são tão sem sentido.
Escrevo pra mim,
escrevo pra amigos,
para os meus amores escondidos, que só eu sei quem são.
Pois não seriam elas minhas musas???
Que me fazem perder a linha...
linha do tempo,
linha do espaço,
linha que guia tudo que faço, pois quando estou apaixonado, uma única linha eu sigo...
linha que liga ao abismo dos sentimentos mais lindos,
jogados no vazio do meu ser,
sem serem compartilhados...
por isso torno a escrever,
pra no papel, alegrias e agonias descrever sem que ninguém possa ler,
pois sou muito reservado(heheh).
Reservo meu tempo, meus estados, para no momento certo desfrutá-los.
Posso perder momentos com isso, é certo.
Mas quando certo torna incerto, logo alegria desanima...
lembrar da vida,
lembrar das brigas,
dos descasos...
assim como dos belos casos, novamente tornar a lembrar...
pensando, escrevendo, vivendo.
Novamente tornar a escrever...
Novamente sem saber o que escrever..


p.r.

12/04

1. C.rianças R.eproduzidas e A.niquiladas, C.riaturas K.armadas

Vidas e momentos,
Vidas de momentos,
ou apenas momentos da vida.
Mal vivida vida, mau vida
apenas sobrevivida, em momentos sobre a vida.
Sobrevivida vida mal vivida, mas feita de momentos.
Escolhas de momentos, escolhas da vida, louca vida.
Submundo subnutrido, nutrido de vida, mas apenas sobrevivida, é a vida dos sobreviventes, que desde o ventre já marcada, predestinada e mal amada.
Penosos e grudentos, dizimados pelo vício,
que nao tão belo é o vício, do futuro dizimado.
Sobreviventes sem futuro, têm apenas o momento,
que foge quando o trago louco a lua leva,
do gozo a nóia é o que resta.
Só os ossos agora fica, porque a rocha é mais pesada...
De quantas almas que precisas??
Qual a próxima será enterrada??

p.r.

14/07/04