26 de março de 2006

16. Como um Lobo

O que faz valer o prazer de apunhalar pelas costas sem remorsos, vértebras e ossos, daquele que nunca te feriu e te quis tão bem?
O que esperar daquele inimigo tão intimo, do qual chamamos de amigo e aspiramos sonhos belos de futuros promissores.
O que fazer quando pegar-se enganado, ridicularizado e humilhado, que chora lágrimas não de alegria ou dor, e sim de despreso.
O quanto pode um “homem” fazer para destruir, tudo que se construiu durante anos, cultivando amizade e desfrutando experiências de arcanjos, para depois jogar tudo no vaso e puxar a corda que lhe dá seu verdadeiro valor.
Seria inveja?
Sentimento inferior ou doença?
Loucura seria descartada, pois não seriamos todos??
Mas e o respeito?
Sera que vale fazer o bem, pensar o bem e ser o bem? Se por traz tudo que existe de mal te coroe aos poucos e te traz ódio.
Odiar aquele que te traiu?
Talvez não,
o ódio é tão grande quanto o amor.
Não mereces meu ódio.
Apenas o desprezo, ser indiferente.
Mereces o NADA, nenhum grande sentimento,
nem preces nem lamentos, apenas não mereces, mereces o não.
Não e...
Não.
pr 19/10/04