Elogio a grande amada,
quando à conhece, não esqueces,
por nada.
Não agüento, é amor,
até a morte que me causa
aos poucos, vida,
minhas magoas.
Quando às vezes estou deitado,
na cama de olhos fixos,
e sinto,
o momento mais assustador.
O pensamento a mil que relaciona teorias e coisas,
acontecimentos e fatos, é uma real loucura.
Me pego o mais puro e ordinário pensante,
inseguro e transbordante de realidades,
caindo em discussões e contra-dizeres com meu próprio ser,
encarnado,
o fracassado da sociedade.
Talvez pelo fato que marca rente ao chão minha inicial juventude.
A caída no mundo niilista,
tenha tornado um pouco mais possível meu atual estado de escrita.
Muitos chamam,
transe.
Outros daquilo,
isso,
ou ate mesmo o espírito encarnado.
Encaro meu cérebro e nado nas possibilidades
do nada.
Não acreditar em nada,
No meio,
do nada.
A espera...
do nada.
Não existem sequer motivos para bombas suicidas em guerras falidas.
Apenas passatempo,
talvez arte de lamento.
Passatempo de viciado.
Vive a passar o tempo descobrindo que não tem motivo de viver no mundo que não é,
nem quer,
ser o aceito.
Não acreditando, negando e destruindo,
Não pelos tão belos vícios,
mas pelo resto ao redor da margem que oprime ate o vento
das almas livres de momentos.
Hoje tive dificuldades para assumir meus ofícios e levantar.
Quando a pouco, agora é cinco, sol adentro
Cocha Bamba se alivia pela escrita.
Acho que durmo,
no amanha.
O exagero da loucura
cura todos os estados anormais, perversões e maldades do ser,
incapaz de ser o que é
torna-se fantasia.
p.r.
10/08/06