28 de dezembro de 2008

81 - Delas

Hoje nao quero falar delas,
nao quero nada que me parta,
reparta,
que me divida e invada a alma,
para então partir
e deixar-me,
com minha mediocre
realidade.

pr.

28.10.08

27 de dezembro de 2008

... Musica PEsCoSSo Colorido

Eu tenho as chaves
que te abrem
até as portas do inferno,
as piva rebola junto
saca e cola logo perto,
mesmo incerto,
sinto o interesse que disperto,
e nao espero
pergunta se quero
nao nego
e cerco...


pr.


by escobare

musica nova do pescosso que logo menos vai tá lah no myspace.com/pescossocolorido

80 - O sonho das almas

Enquanto ainda lúcido,
ante a predestinada e esperada
velhice falha,
de lembranças confusas
e amargas marcas bloqueadas,
com as pastas temporarias excluidas
há datas passadas,
me aproveito do presente
recente em minha mente,
para descrever em palavras
instantes lindos e libertinos,
nao perdidos nas lembranças falhas
em nausea,
por terem sido esquecidos.
Duzentos e cinquenta milhas distanciavam
dois corpos atraídos por um ímã.
Distancia esta,
nao percorrida pelos sonhos,
que aproximavam as almas das crianças
que brindavam e brincavam durante
as longas madrugadas dos amantes
da noite eterna repleta
de estrelas solitárias.
Uma atração nao justificada
pela bela princesa,
que escolheu,
justamente o errante
já marcado pelos traços
da margem ao lado.
Impulsos fortes os ligavam,
rente a pureza dos anjos,
livre dos males absorvidos
no percorrer das descobertas
dionisíacas,
na noite das estadias temporarias,
que marcaram.

pr.

28.08.08

79 - Feliz morte anunciada

Não
controlo minha vida,
não
escrevo minha rotina,
minhas vontades,
talvez
nem sejam minhas,
o descontrole me domina
e de tudo necessito.
O egoismo poético de minha escrita
não
me permite,
filosofias e políticas alheias
a minha existência
de eterno conflito desordenado do niihil,
sem perspectivas ou significados.
Será que sou ou serei tudo que acredito ser?
Inseguro?
por nao acreditar?
em nada?
ou no nada?
Sou o maior niilista que conheço.
Chego a não acreditar
na potencialidade singular de meu ser.
O desconforto da incerta
e niilista vida que mergulho.
Será que preciso das forjadas paixões
que me servem,
para brincar de alimentar minha escrita,
mesmo sabendo que nao existe essa infinita
paixão definitiva.
Na ausencia de controle e
busca de sempre mais,
me enquieta a data
na qual
sempre fico mal,
por saber que
a cada dia,
o senhor do tempo me tira,
dias,
e por isso
sempre acordado fico,
e ainda nada sou.
Apenas mais um marginal,
olhado de lado,
condenado,
mesmo antes de julgado,
pelo crime inafiansável,
de amar uma amada
odiada em varios estágios.
Quero o universo,
mostrar o conflito
e dizer que nao aceito
e desacredito,
por descobrir verdades que ferem,
que não devem
e nem podem,
ser ditas.
Eu grito.
Que somos o nada,
nao existem deuses,
e que nossa vida
é igual a de uma pedra ou galho,
que são o que são,
porque nós criamos os signos,
e nada são alem de pedras e galhos.
Dizer ainda que a arte,
meu vício,
um pouco alivia,
e que vivo minha escrita,
o passatempo imoral que de nada serve,
para aqueles que vivem
a enganadora realidade da (ID)ota mas(midia)s.a.
O que sugiro?
Um suicídio alternativo
como alternativa,
para o absur(sur)do da
vida
dos mortos-vivos.
Porque os vivos nao vivem,
e os mortos...
poucos (os) sã(m)o
aqueles que ficam,
eternizados,
no real mundo pensado
dos que viveram e nao foram
corrompidos.
Os incompreendidos,
renegados e abortados filhos de seu(senhor)
tempo,
para que num futuro,
inserto e inseguro,
talvez serem adotados,
estudados nos livros empoerados,
pelos poucos bons frutos
dos mortos anunciados,
que continuarão oficio já dado
há datas passadas
sem temer o reinado.
Ser seu proprio rei,
único,
e viver como uma estrela,
no brilho real e escolhido
de sua órbita definida
e trilhada,
sem interfirir na rot(in)a
dos mortos-vivos escravos,
os coitados,
que nada são alem de pedras
e galhos mandados.


p.r

31.08.08

78 - Aguas rasas

O caótico ambiente em que estamos,
reflete na agua pura e turva
de total descontrole,
de nossos sentidos,
que nos levam
irreversivelmente
ao momento de espanto.
Se eu dissesse...
vem comigo.
Quem iria????
vida errônia nao entendida.
O que eu fiz?
Pensar no que farei.

pr.

08.08

77 - A culpa do Sol

Nascí à noite
e nao suporto,
o calor do dia.

pr.

08.08

76 - Não, disse o nada

nao desmereço nada
que nao conheço,
respeito,
apenas nego e nao acredito,
naquilo que nao viví,
e que nao conheço.

pr.
08.08

75 - Imã

De onde vem o imão
que liga,
as estrelas singulares
no decorrer,
das infinitas linhas.

pr.

08.08

74 -

e quando o braço
já nao mais abraça,
a mão empurra
e aponta os dedos,
o cheiro
agora causa nausea
sem nunca o armario
omitir desejos.

o mal tornou pra ti
meu ser
por ser real sem meios termos
que grande farça
que me faças
o saber
como em 10 luas
apodreço.

doente, contaminado,
julgado culpado,
pelos olhos
sabe os segredos,
outrora fora tudo belo
mas nao assinas rente
a margem
do leito,
disseminada peste
do pensar sem freios
que repetidamente
ja pagara o preço

a vista
que previa
desde cedo,
nao me avalie
por seus erros leigos
nem condene
o ser
por ser
a escrita
o peso
da palavra
que tornou-se
o verbo.

p.r.

13.03.10

73 - proprioprósito

a arte torna a vida aceitável e suportável,
mas nao menos niilista,
que o seu próprio propósito ilusório

pr.

08.08.08