30 de janeiro de 2008

* Homenagem a J. Dilla aka Jay Dee






Esta proxima semana tem duas datas significativas para musica, e uma só pessoa a ser lembrada (apesar dos nomes). J. Dilla, ou Jay Dee, faria seus 34 anos no proximo dia 7 de fevereiro, se nao tivesse morrido no dia 10 do mesmo mês de 2006. Dois anos sem Dilla e muita falta faz o homem para musica.
p.r.

29 de janeiro de 2008

49 - Depois da Perda (A Ampulheta)

A eterna ampulheta do tempo sempre será virada ao final dos grãos,
e de grão em grão,
a cada noite que acumula,
o senhor da vida destroi um pouco mais do que resta,
ou que já existiu algum dia.

p.r.

11/07

24 de janeiro de 2008

48 – Nossos Encontros

Não pede licença,
quando entra,
e rasga tudo em seu caminho.
Caminha pelas minhas veias,
estoura vasos,
faz escorrer o melado,
jorra o vermelho sangue à face,
que rapidamente age,
marcando ao céu um ponto fixo.
E ali fico.
Enquanto espero o tempo mínimo,
com carne viva ainda
o instinto,
não me deixa abandona-la,
minha amada.
Conheces bem meu raciocínio,
estomago fraco,
o inimigo,
ataca antes a garganta,
e sobe ao cérebro,
lembranças,
dos locais em que nos vimos.
Nenhum banheiro passou despercebido.
Nenhuma lastima se escondeu durante o rito.
Nenhum pensamento foi omitido.
Todas verdades foram ditas
no transe do espírito.

p.r.
24.01.08

47 - Omitido

Omitido,
fecham-se os olhos quando se presencia a carga,
mas com ouvido não tapado,
de nada adianta o descaso,
ao acaso,
lanço rituais e travo,
uma batalha,
alimenta minha alma,
que eu repito.
Continuo vivo,
e vivo,
na busca desenfreada,
uma só casa,
o lar de Dionísio.
Toda festa já está paga,
palhaço canta suas magoas
pra no fim ser esquecido.
Mas que ritual esquisito.
Os papeis foram invertidos,
A Peste domina o recinto,
e quem não foi contaminado
é quem está escanteado
a margem do castelo
ao lado,
de quem não teme o reinado.
Continuo persistindo.

p.r.
24-01-08

16 de janeiro de 2008

46 - O mistério

E depois de tanto procurar,
no travesseiro, banheiro ao chão,
nas casas ou abrigos ao luar,
cansado e fatigado sem discursos mais a levantar,
um sentimento de criança ressurge das profundas lástimas,
arrastando tudo em seu caminho e tornando a confusa caça drástica,
num retorno a extinta face mágica
que ativa as partículas e enzimas do prazer,
tornando pouco mais o meu ser
amado pelo verbo.
A redescoberta do antigo e verdadeiro amor,
minha mus(ic)a,
meu mistério.
A vida para mim,
sem ela,
também não faria o menor sentido,
como bem antes já havia o filosofo dito.

p.r.
16-01-08

7 de janeiro de 2008

* Cut-UP de "Sid amava Cleo", por Laura Lins (Laurita)

Torna-se fantasia. Incapaz de ser o que é.

Perversões e maldades do ser,
cura todos os estados anormais.
O exagero da loucura no amanhã, acho que durmo.

Cocha Bamba se alivia pela escrita.
Quando a pouco, agora é cinco, sol adentro.
Assumir meus ofícios e levantar.
Hoje tive dificuldades para as almas livres de
momentos, que oprimem até o vento, pelo resto
ao redor da margem.
Não pelos tão belos vícios, destruindo. Não
acreditando, negando ser o aceito. Nem quer,
mundo que não é, que não tem motivo de viver.
Vive a passar o tempo descobrindo, passatempo de
viciado, talvez arte de lamento. Apenas
passatempo.

Bombas suicidas em guerras falidas
Não existem sequer motivos do nada
A espera... do nada.

Do nada no meio a acreditar em nada
Possibilidades. Encaro meu cérebro e nado no
espírito encarnado.
Ou ate mesmo isso, outros daquilo,
Transe. Muitos chamam.

Escrita possível.
Meu atual estado tornado um pouco mais niilista.
A caída no mundo.
Ao chão minha inicial juventude.
Talvez pelo fato que marca rente o fracassado da
sociedade.
Encarnado.

Dizeres com meu próprio ser, caindo em
discussões e contra-realidades, inseguro e
transbordante, pensante.
Me pego o mais puro e ordinário.

Loucura.
Acontecimentos e fatos, é uma real.
Teorias e coisas.
O pensamento a mil que relaciona o momento mais
assustador.
E sinto, na cama de olhos fixos,
quando às vezes estou deitado, minhas magoas.
Aos poucos, vida. Até a morte me causa amor. É,
não agüento por nada. Não esqueces quando a
conhece. Elogio a grande amada.