16 de janeiro de 2008

46 - O mistério

E depois de tanto procurar,
no travesseiro, banheiro ao chão,
nas casas ou abrigos ao luar,
cansado e fatigado sem discursos mais a levantar,
um sentimento de criança ressurge das profundas lástimas,
arrastando tudo em seu caminho e tornando a confusa caça drástica,
num retorno a extinta face mágica
que ativa as partículas e enzimas do prazer,
tornando pouco mais o meu ser
amado pelo verbo.
A redescoberta do antigo e verdadeiro amor,
minha mus(ic)a,
meu mistério.
A vida para mim,
sem ela,
também não faria o menor sentido,
como bem antes já havia o filosofo dito.

p.r.
16-01-08