24 de janeiro de 2008

47 - Omitido

Omitido,
fecham-se os olhos quando se presencia a carga,
mas com ouvido não tapado,
de nada adianta o descaso,
ao acaso,
lanço rituais e travo,
uma batalha,
alimenta minha alma,
que eu repito.
Continuo vivo,
e vivo,
na busca desenfreada,
uma só casa,
o lar de Dionísio.
Toda festa já está paga,
palhaço canta suas magoas
pra no fim ser esquecido.
Mas que ritual esquisito.
Os papeis foram invertidos,
A Peste domina o recinto,
e quem não foi contaminado
é quem está escanteado
a margem do castelo
ao lado,
de quem não teme o reinado.
Continuo persistindo.

p.r.
24-01-08