27 de dezembro de 2008

74 -

e quando o braço
já nao mais abraça,
a mão empurra
e aponta os dedos,
o cheiro
agora causa nausea
sem nunca o armario
omitir desejos.

o mal tornou pra ti
meu ser
por ser real sem meios termos
que grande farça
que me faças
o saber
como em 10 luas
apodreço.

doente, contaminado,
julgado culpado,
pelos olhos
sabe os segredos,
outrora fora tudo belo
mas nao assinas rente
a margem
do leito,
disseminada peste
do pensar sem freios
que repetidamente
ja pagara o preço

a vista
que previa
desde cedo,
nao me avalie
por seus erros leigos
nem condene
o ser
por ser
a escrita
o peso
da palavra
que tornou-se
o verbo.

p.r.

13.03.10