26 de março de 2006

4. Canto para minha amada

Apenas um dia,
dia perfeito apenas.
Em que a compaixão e a pena, não viriam mais acena.
Dia maravilhoso, tudo amanhecera azul.
A vontade de ser e o desejo de poder,
já estariam rumo ao sul.
As 24 horas, revertidas no agora.
As emoções e vícios, estariam no ofício.
Os motivos seriam os mesmos,
prioridades do desejo.
Desejo que movimenta, tudo aquilo que nos alimenta.
Bocas sedentas de vício,
mas tão belos eram os vícios, que seriam outra palavra.
Palavra que teria, significados de euforia,
trazendo de volta a alegria, de viver a cada dia.
No dia das 24 horas, mas que seriam no agora.
Aquelas vidas de momentos, seriam as certas de argumento.
Pois pra que serve o mundo??? Se não for pra esperar...
A mulher,
os vícios,
os mesmos argumentos e ofícios,
que do passado relembrei, pois viví e nao esperei.
Para que quando vieres me buscar,
preparado vou estar,
pois és minha única certeza, que de tão linda sua face me dá até tristeza,
pois te verei apenas uma vez.
Que para mim suficiente,
será o momento em que vou tê-la entre os dentes.
Fisgado, assustado, amargurado, talvez sozinho mas feliz.
Pois terei vivido a cada dia,
as emoções que me valia, poder viver outra vez...

p.r.

25/05/04