6 de julho de 2007

29 - O Gato parado

Passos,
Largos,
e vagarosos.
Instantes, mágicos,
e tenebrosos.
Ossos,
quebrados
nenhum remorso,
da pele,
alva e negra
o rubro escorre.

Aproximava-se do momento
Do cruzamento
Na encruzilhada, da vida
O condenado via
Pelos meus olhos
O verde
Refletia a luz vinda
Do automóvel que na pista
logo atrás surgia

Estranhei velo
estatelado
Nem me parecia gato
Me encarando nos olhos
Querendo dar um recado
Talvez alguma lição
antes da despedida aflita
Ensaiou alguns passos a mais
E retornou pro legado

Tinha desperdiçado suas outras 7 vidas
Como um soldado
apenas esperou o momento citado
Causando náusea à testemunha do acontecido
Que ingenuamente imaginou ser o causador daquilo
Por pensamentos obscuros, pressentido mal visto
Segundos antes
sem gemidos,
esperou seu oficio.

p.r. 06/07/07

1 Comments:

Blogger Giovanna Campos said...

coitado..


te amo!

6:33 AM  

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